Enumere rapidamente o nome de 10 modalidades esportivas. Futebol, tênis,volei, basquete, natação, judô, corrida, handball, lançamento de dardo, levantamento de peso. Algumas dessas modalidades que citei são bem conhecidas (uma delas até recebeu o título de paixão nacional), outras só vemos mesmo em tempos de olimpíada e jogos panamericanos. Existem ainda algumas que a maioria das pessoas considera só uma diversão como é o caso do boliche, mas que também dá medalhas, sim senhor. O que não falta é esporte para ser praticado, mas o que dizer do ioiô? É um esporte ou brincadeira de criança? Até ontem eu achava que essa modalidade fazia parte apenas do meu passado infantil. Ainda lembro quando o ioiô virou febre no Brasil devido a uma promoção da Coca-Cola. Você juntava um número X de tampinhas e trocava por um ioiô vermelho. Todos queriam um, dois, três... O ruim é que entre conseguir o tal brinquedo e fazê-lo funcionar tinha uma grande distância, ao menos para mim. Existe algo mais fácil do que fazer dois discos vermelhos de acrílico grudados um ao outro deslizarem por uma cordinha da sua mão até o chão e depois voltarem? Não, mas quem disse que o troço me obedecia? Ele ia para baixo e lá ficava, imóvel, com ar de desafio como se olhasse para cima e dissesse desista, você não tem talento para isso. Após algumas tentativas frustadas e pouquíssimos acertos eu cedia, deixava o ioiô de lado e ia brincar com outra coisa. Ficava com ódio de ver aquelas pessoas fazendo mil e um malabarismos com o ioiô e eu nem conseguia fazê-lo subir e descer. Tudo bem, eu devia ter tentado mais um pouco afinal é treinando que se aprende mas quem disse que eu tinha paciência? Mas mesmo com esta “decepção” eu simpatizava com o brinquedo. Hoje descobri que o que para mim não passava de brincadeira é um esporte com competições internacionais e campeões mundiais, brasileiros e regionais e que existe até um órgão que regulamenta as competições aqui no Brasil.
A Associação Brasileira de IÔIÔ (ABI) foi criada em 2002 com o objetivo de organizar eventos e difundir o esporte no Brasil. A ABI, responsável pela organização dos campeonatos oficiais no Brasil, também é a representante do país perante os órgãos internacionais de ioiô. Nos próximos dias 7 e 8 de junho acontecerá em São Paulo o Campeonato Brasileiro Ioiô Freestyle 2008. No site da Associação existem alguns videos que mostram as diferentes modalidades usadas na competição. Sinceramente? É de ficar de queixo caído. Após assistir aos videos desisti de vez desse esporte.
História do Ioiô*
O ioiô é o segundo brinquedo mais antigo do mundo, perdendo apenas para a boneca. E a história desse simples objeto é tão fascinante quanto seu funcionamento. A origem do ioiô é um mistério. Grécia, China, Filipinas. Diversos lugares do mundo podem ter sido o berço do ioiô. "Ioiôs" rústicos de barro e de metal já foram encontrados em ruínas gregas de cerca de 2500 anos. Brinquedos similares eram usados pelos chineses antes disso. No fim da idade média o ioiô chegou à Europa, onde a nobreza da França e Inglaterra usava o ioiô para relaxar e se afastar um pouco das suas tarefas. Há relatos que afirmam que as tropas de Napoleão se divertiam com ioiôs antes das batalhas. Nessa época, ele era conhecido como l'emigrette ou bandalore. O ioiô, na sua forma atual, nasceu nas Filipinas, onde é até hoje um brinquedo muito popular. Foi só em 1928, no entanto, que o ioiô começou a se popularizar no resto do mundo, quando um filipino, Pedro Flores, levou o ioiô para os Estados Unidos e começou a comercializá-los. Pouco tempo depois, o empresário Donald F. Duncan Sr., impressionado com a popularidade desse simples objeto, comprou a empresa de Pedro Flores, e a transformou na Duncan Company, que passaria a ser a responsável pela imensa popularização do ioiô nas décadas seguinte. Em 1962, só a Duncan chegou a vender 45 milhões de ioiôs nos Estados Unidos, onde a população de crianças era de apenas 40 milhões. Nos últimos 20 anos, a tecnologia vem mudando a cara dos ioiôs. Nos anos 80, os ioiôs "inteligentes" que retornavam para a mão do dono automaticamente foram criados e nos anos 90 o uso de rolamentos nos ioiôs resultou em uma evolução inédita nas manobras realizadas. Os ioiôs atuais empregam tecnologia de ponta, a madeira e plástico usados há decadas foram substituídos por novos materiais, como aço, alumínio e policarbonato. Os truques e manobras acompanharam essa evolução e o ioiô agora é praticado com seriedade em muitos países. A destreza e habilidade dos melhores jogadores chegam a ser equiparadas àquelas dos grandes malabaristas.
O Ioiô no Brasil
O ioiô no Brasil, assim como em inúmeros outros países, teve períodos de "febre", onde o brinquedo se tornou mania entre jovens e crianças. As maiores dessas promoções, impulsionadas pelos ioiôs Coca-Cola/Russell, ocorreram em 1982 e 1995. Até então, não havia uma organização independente para o esporte no país. Em 2002 foi fundada a Associação Brasileira de Ioiô, que passou a ser responsável pela organização de campeonatos no Brasil. Nesse mesmo ano o Brasil teve seu primeiro representante no Campeonato Mundial. Em 2003, o primeiro brasileiro da história, Rafael Matsunaga, sagrou-se Campeão Mundial na modalidade Counterweight. Ele também é o único brasileiro a ser agraciado com o título de National Yo-yo Master, título que apenas 11 outros jogadores no mundo possuem e que é dado a jogadores que promovem ativamente o desenvolvimento do esporte em seu país. O Brasil tem se destacado no cenário internacional pelos seus resultados em campeonatos internacionais e qualidade dos jogadores, sendo considerado por muitos como a terceira potência mundial do esporte, atrás apenas de Japão e Estados Unidos.
* texto extraído do site da Associação Brasileira de Ioiô - ABI
3 comentários:
Esporte? Eu hein...
Tabém não conseguia controlar meu ioiô... Ele e o bambolê sempre me fizeram sentir a mais descordenada (isso é uma palavra mesmo???) de todos...
Bjin
Eu também nunca consegui controlar o ioiô, mas meu irmão era fera. Acho que ele se daria bem nesse esporte! =)
No Ioiô, assim como em todos os outros esportes, eu era descoordenada também...
Mas no bambole eu era boa...
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