28 fevereiro 2008

Minha tia Ana

Minha tia Ana...

...ia me esperar no aeroporto e ficava acenando para mim desde o avião até até a entrada do saguão.

...um dia comprou um cartão e combinou com a minha mãe que eu só iria lê-lo quando já estivesse dentro do avião. Era um cartão do Snoopy e estava escrito "já estou sentindo saudade, SNIF, SNIF, SNIF".

...me levava para o escritório onde trabalhava, comprava canetinas coloridas e arranjava uma máquina de escrever só para mim e ainda obrigava todos os funcionários a me agüentarem a tarde toda datilografando sem parar.

...sempre tinha uma barra de Diamante Negro em casa para dividir comigo.

...passou um mês inteiro ralando chocolate e enchendo forminhas de ovo e de bombons para dar ovos de páscoa para toda a família.

...nunca brigou comigo por eu passar a maior parte do tempo dentro do seu guarda-roupas mexendo nas suas jóias, perfumes e maquiagem. Era o guarda-roupas mais legal do mundo.

...me deu um conjunto de panelinhas para eu brincar de comidinha com o pequeno detalhe de que eram panelinhas de alumínio pois ela queria que eu fizesse comidinhas de verdade. Enquanto ela tomava sol no quintal eu ficava fritando bolinho de chuva.

...um dia me deixou ajudá-la a fazer um biscoitinho assado muito gostoso chamado bicho-da-seda e quando minha irmã descobriu que era esse o nome não quis mais comê-lo.

...tinha um estoque ilimitado de coquinhas na geladeira pois "coca-cola de garrafinha é mais gostosa".

...era minha fotógrafa, maquiadora e estilista oficial e ficávamos um tempão em nossas sessões de fotografia.

...um dia me emprestou uma saia, uma blusa e uma sandália e me levou ao cinema para assistir Ghost. Eu tinha uns doze ou treze anos e me senti a mulher mais bonita do mundo.

...tinha umas botas muito legais que chegavam até o joelho pois ela só usava saia mas não queria passar frio no inverno.

...sempre escrevia cartas para mim para poder diminuir um pouco a saudade.

...nunca me deixava voltar para casa sem um presente dela.

...era tudo o que eu queria ser quando crescesse.

Nós crescemos e não percebemos que deixamos muitas coisas boas para trás. Talvez hoje não dê mais para fazer o que fazíamos antes (hoje eu já cozinho em panelas grandes) mas nunca é tarde para resgatar sensações e sentimentos tão profundos.


ps.: Adorei o presente.

24 fevereiro 2008

Juno


Adolescente grávida: discussões, acusações, culpa, futuro fora de rota. Tem que ser sempre assim? Juno acha que não. Tem consciência de que cometeu um erro infantil para não dizer primário. Tem consciência também de que não tem condições de cuidar do bebê pois como ela mesma diz só tem 16 e ainda está no colegial. Sem dramas psicológicos ela toma a decisão mais acertada: vai dar o bebê para adoção. Mas não é porque ela não ficará com a criança que não se importa com ela. Procura nos classificados os pais perfeitos para seu filho e encontra-os. Egoísmo ou altruísmo? Juno age de forma tão racional para resolver seu problema que chega a desnortear. Para os fãs de grandes produções com efeitos especiais magníficos e caríssimos talvez Juno não passe de um drama/comédia adolescente. Mas olhe novamente, com mais atenção. O filme consegue retratar a vida e todas as complicadas relações que ela trás com simplicidade e genialidade.

23 fevereiro 2008

Vazio - parte II

Ele apareceu da mesma maneira que apareceram todas as outras pessoas em sua vida: calmamente, como se estivessem só de passagem. Nunca conheceu ninguém de modo inesperado. As pessoas simplesmente apareciam e por algum tempo compartilhavam uma pequena parte do seu mundo. E agora era hora dele compartilhar. Tudo começou com uma conversa e essa conversa foi tão boa que se estendeu por dias, semanas e meses. Quanto mais contato tinha com ele menos vazio sentia. Era incrível como de repente a simples existência daquela outra pessoa conseguia preencher tudo à sua volta. De uma hora para outra o mundo não era mais tão chato. Agora ele tinha cores, cores e sabores. E ela fazia questão de provar todos esses sabores e de se ver coberta de todas as cores. Ela ficou mais calma, até mais bondosa. De certa forma agora sentia-se grata com a vida por ela ter colocado em seu caminho alguém tão simples mais ao mesmo tempo tão imprevisível. Começou a perceber que não precisava fazer grandes conquistas para sentir-se viva. As pequenas conquistas diárias eram a sua grande conquista. Nas longas conversas que tinham talvez ela não conseguisse conhecê-lo muito bem mas de uma maneira que não compreendia ela estava se conhecendo cada vez mais. Sempre fora uma pessoa contida, paciente e que procurava colocar-se no lugar das outras pessoas. Com isso sempre acabava esquecendo dela mesma. Anulava-se tentando evitar confrontos, fossem eles de qualquer natureza. Agora sentia que tinha vontades e que tinha todo o direito de vê-las satisfeitas. Sentia-se viva e presente no mundo. Não sabia se tudo isso emanava dele ou se aquilo sempre esteve dentro dela só esperando que a pessoa certa a despertasse. Às vezes tentava entender isso mas logo desistia. Não queria desperdiçar seu tempo com pensamentos que não iam levá-la a lugar nenhum. Aceitava não saber a origem daquela transformação. Mas nem tudo era calmo naquela relação. Irritava-se muitas vezes com certas atitudes vindas dele nas quais não conseguia ver um propósito, uma lógica. Ele muitas vezes parecia querer desafiar o mundo e sempre criticava algo. Não era uma critica gratuita, percebia que não era mas mesmo assim a incomodava e chegava a irritá-la. Mas com a mesma facilidade com a que ele a chateava também a deixava feliz.

21 fevereiro 2008

A carona

Sábado à tarde o telefone toca. É minha amiga convidando-me para ir a uma festa perto da casa dela. Não tenho o que fazer mesmo então resolvo aceitar o convite. Ela mora pertinho de um parque onde tem uma represa. Sempre ouvi dizer que lá pelas redondesas as coisas podem ficar perigosas de vez em quando (talvez alguns corpos desovados no local colaborem com esta crença). Mas afinal, qual lugar não é perigoso hoje em dia? Quando chego ao terminal de ônibus ligo para minha amiga para saber qual ônibus devo pegar. Pela casa dela passam várias linhas então aproveito um que já estava saindo e lá vou eu. Nunca fui na casa dela e, seguindo as instruções passadas por telefone, peço ao cobrador para me avisar onde descer: na praça ao lado da escola e do posto de saúde. Quantas praças ao lado da escola e do posto de saúde existem no trajeto daquele ônibus? A lógica me diz que não muitas mas parece que o cobrador não sabe disso. Minha amiga mora bem no começo da represa então temos: casa da amiga - represa - lugar desconhecido. Como está escuro e eu não conheço nada acho até estranho aquele monte de água passando do outro lado da janela, mas o cobrador faz aquele caminho todo dia certo? Então quem sou eu para desconfiar que ele não faz a mínima idéia de onde fica a praça ao lado da escola e do posto de saúde? De repente (e depois que a represa já tinha ficado lá para trás) o cobrador fala: é aqui. Eu desço. Assim que coloco meu pézinho no chão uma frase vem na minha mente: me ferrei, desci no lugar errado. E logo em seguida: cobrador filho da mãe! Onde eu estou? Imagine uma estrada, umas casas aqui, outras acolá, silêncio e nenhuma viva alma num raio de um quilômetro? Ah sim, e o escuro. Só aquela fraca iluminação dos postes da rua. Um telefone! Preciso de um telefone! Tento ligar para minha amiga e só dá ocupado. Tô perdida (em todos os sentidos). Finalmente o telefone chama, é a mãe da minha amiga. Onde você está, ela pergunta. Eu não tenho a mínima idéia, acabei descendo no lugar desconhecido. Ela me aconselha a ir para o ponto de ônibus e esperar que ele volte. Olho em volta e tenho a sensação de que estou num daqueles filmes de suspense: lugar deserto, tudo em silêncio, e a qualquer momento um louco de machadinha na mão vai aparecer do nada e começar a correr atrás de mim e eu, apesar de correr mais rápido que ele, vou tropeçar, começar agritar e... Mas voltando à realidade, eu tinha que descobrir um jeito de sair dalí. Olho para o lugar de onde estou ligando e adivinha o que é? Um posto da polícia militar. Olho na garagem a alí está uma viatura. Estou salva! Respiro fundo e bato na porta. Um policial vem me atender. Conto a minha triste história. A princípio ele não parece muito propenso a me ajudar e o fato de eu não saber o nome da rua e o número da casa da minha amiga não melhora as coisas. Depois de alguma negociação e de ele perceber que, ou ele me leva embora ou eu durmo alí, ele resolve me dar uma carona. Chama o outro policial do posto e lá vamos nós. Fazemos então o trajeto contrário ao do ônibus pois sabemos, ao contrário do tapado do cobrador, que naquele caminho só existe uma praça ao lado da escola e do posto de saúde. Assim que o carro passa em frente à praça vejo minha amiga subindo a rua com um ar de preocupação estampado no rosto (por que será?). O policial, só de sacanagem, pára o carro ao lado dela (ela não tinha me visto) e pergunta com aquele tom de Capitão Nascimento: A senhora é a senhora Valéria? E ela com os olhos arregalados: S-s-ou. Quando salto do carro e vou ao encontro dela ela diz: Nossa, que chique, não sabia que você ia chegar na minha casa em grande estilo.
Pois é, da próxima vez chegarei de helicóptero.

20 fevereiro 2008

Vazio - parte I

Vazio. Novamente aquele vazio. Nunca falou disso com ninguém. Também, quem iria entender? Só mesmo alguém que já tivesse sentido o mesmo. Ultimamente este vazio deixara de ser um sentimento abstrato. Cada vez mais ela podia senti-lo alí, bem no meio do peito. Parecia mesmo que faltava algo, que quando seu corpo estava se formando faltou colocar alguma coisa alí. Tentava definir racionalmente uma coisa que lhe parecia totalmente irracional. Era um vazio mas era também um misto de saudade e tristeza. Vazio, saudade e tristeza. A combinação desses três elementos lhe dava aquela sensação estranha mas ao mesmo tempo tão familiar. O vazio lhe dizia que deveria preencher a sua vida com alguma coisa, que estava faltando algo. Mas o quê? Dinheiro, realização profissional? Poderia até ser, mas não era só isso. Havia mudado de emprego algumas vezes e conquistado coisas melhores mas logo a empolgação pelo novo ia diminuindo até cessar totalmente. Precisava de algo além do plano material. Um amor. Um novo amor deveria completá-la, mas acontecia a mesma coisa. Com o passar dos dias a paixão ia enfraquecendo até ela perceber que o que tinha não bastava. E ela conseguia viver muito bem sem alguém a quem amar. Realmente ela nadava contra a correnteza. Enquanto a maioria das pessoas sentia-se sozinha e entrava numa busca frenética pelo amor de suas vidas ela não fazia o menor esforço para isso. A solidão era sua companhia e isso bastava. Já a saudade e a tristeza eram dois sentimentos intimamente ligados. Toda saudade traz em si uma pontinha de tristeza. Tristeza por gostar muito de alguém mas não poder estar próximo o bastante ou então não ter a possibilidade de voltar no tempo para reviver algo bom. Mas a sua saudade também era diferente. Ela sentia saudade mas não sabia do quê. Não é lógico alguém sentir falta de algo que não teve, que não conheceu. Mas o que era lógico nesse emaranhado de sentimentos estranhos? Algumas vezes tinha vontade de se esconder, não falar com ninguém. Em outras sentia-se carente, deixada de lado mas não tinha a mínima idéia de como aproximar-se de alguém e então desistia. Foi num momento assim que ele apareceu.

13 fevereiro 2008

Festival de Teatro de Curitiba

De 20 a 30 de Março de 2008

Mais de 300 espetáculos e performances serão apresentados durante a 17ª edição do Festival de Curitiba. De 20 a 30 de março, teatros, praças, ruas e bares da capital paranaense vão ser palco para maior festa das artes cênicas no país. Os ingressos começam a ser vendidos a partir de 18 de fevereiro no quiosque do Festival no ParkShopping Barigüi (Curitiba) e pelo site da Ingresso Rápido. A programação poderá ser conferida no site a partir de 15 de fevereiro.

Ano passado eu assisti a três peças:

Fotos Diego Pisante / WEBCLIX

O Incrível Menino na Fotografia - um monólogo apresenta um menino preso em uma fotografia (?). Dessas fotografias que tiravam antigamente, da criança sentada em uma carteira escolar com um globo de um lado e as bandeiras do outro. Não gostei mas não posso deixar de parabenizar o ator que ficou durante quase uma hora imóvel mexendo praticamente só a boca. A apresentação foi no Teatro Paiol, bem apropriado para o cenário da peça.


Foto Daniel Sorrentino / WEBCLIX

Essa Nossa Juventude - Teatro da Reitoria lotado. Será que todos estavam realmente interessados na peça? Quando o Cauã Reymond entrou no palco tive certeza que não. Gritinhos estéricos foram ouvidos e muitos flashs foram disparados. Percebi que metade do teatro estava tomado por "globletes noveleiras". Mas nada que prejudicasse o desenrolar da história. Gostei.


Fotos Demmis Nielsen / WEBCLIX

Sonho de Uma Noite de Verão - Talvez o fato de eu quase ter sido uma das fadas desta peça no colégio (no final a nossa "adaptação" não foi encenada) me faça sempre querer ver esta história. A adaptação para o público infantil foi muito bem feita e a peça foi encenada numa espécie de tenda de circo armada no Sesc da Esquina.


Como as peças são muitas e o tempo é curto (apenas dez dias) assim que possível vá atrás da programação e dos ingressos. Principalmente para aquelas peças com "atores globais" e que são da mostra oficial pois esses esgotam rapidinho. Mesmo que você não tenha tempo nem dinheiro faça uma forcinha, assista pelo menos uma peça, vale a pena e outro desses só no ano que vem.

09 fevereiro 2008

The Kite Runner


Finalmente assisti O Caçador de Pipas e embora eu já esteja familiarizada com a história estava ansiosa para conferir se as imagens do filme seriam parecidas com aquelas que eu havia feito em minha mente quando li o livro. Raramente leio um livro e depois assisto à sua adaptação para o cinema. Não por preconceito mas por falta de oportunidade. Acho até interessante analisar uma mesma história de diferentes pontos de vista. Creio que sou daquelas pessoas que se revoltam quando o roteiro de um filme não se mostra fiel ao livro, trazendo muitas alterações. Não entendo nada de cinema e de roteiros mas imagino que tais alterações sejam necessárias. Creio que não é fácil transformar um livro de trezentas e tantas páginas em um filme de duas horas. Muita coisa tem que ser condensada, resumida e tem que ser tomado o cuidado de não perder a essência da história. Nisso o filme não deixa a desejar. Apesar da narrativa ter sido resumida todas as partes importantes estão lá. A sequência de cenas que eu mais gostei é a do torneio de pipas. E como um dia tão alegre pôde preceder um futuro tão triste? Talvez para aqueles que não leram o livro a atitude de Amir com Hassam possa passar de injustificada a um capricho de um menino rico e covarde. O que faltou ao filme foi mostrar a profundidade do relacionamento entre as duas crianças, o que no livro é bem explorado. O que significava ser um pashtun e um hazara? E mais, que conseqüências poderiam haver caso um pashtun e um hazara fossem amigos? Amir era covarde e sabia disso e a presença de Hassam em sua casa era a prova viva desta covardia. Para piorar a situação Hassam era totalmente devotado a Amir “Por você eu faria isso mil vezes.” Mas Amir sabia que sua covardia não deixaria que ele fizesse o mesmo pelo amigo até que o destino o trouxe de volta ao Afeganistão para resgatar, não só Sohrab, mas também seus erros do passado. O Caçador de Pipas não é somente a história sobre duas crianças em um país em guerra. É também sobre lealdade, amor, coragem e perdão. Até que ponto você iria para proteger aquele que você ama?


“Existe uma maneira de voltar a ser bom.”

Baseado em um dos romances mais aclamados da atualidade, O Caçador de Pipas é uma história profundamente emotiva de amizade, família, erros devastadores e amor redimido. Em um país dividido e à beira da guerra, dois amigos de infância, Amir e Hassan, estão prestes a se separarem para sempre. É uma gloriosa tarde em Kabul e os céus explodem com a alegria contagiante de um torneio de pipas. Mas, depois da vitória daquele dia, um terrível ato de traição de um menino irá marcar suas vidas para sempre e dar início a uma busca épica pela redenção. Agora, depois de viver na América por 20 anos, Amir volta para um perigoso Afeganistão, sob o governo mão-de-ferro do Talibã para enfrentar os segredos que ainda o assombram e aproveitar a única e última ousada chance que tem para consertar as coisas.

Momento Madame


No meu aniversário do ano passado eu ganhei do meu namorado um vale para um Banho de Furô e uma sessão de Shiatsu. Na verdade eu esperava uma bolsa, um óculos, um perfume, chocolate talvez, mas não um vale como aquele. Pensei: o que vou fazer com isso? Não gosto de salões de beleza, não sou fã de lojas de cosméticos, e não aprecio clínicas de estética. Gosto de me arrumar sim mas não gosto de ter que fazer as mãos e ficar falando de novela, das últimas fofocas dos ricos e famosos ou de ver um bando de peruas desfilando na minha frente. Fora o dinheiro que é gasto em tudo isso. Mas como esse é um mal necessário eu faço um esforço de vez em quando. O presente era válido por um ano e o tempo foi passando, passando e eu finalmente marquei minha sessão (também tive uma ajuda do meu namorado que disse que se eu não usasse o presente do ano passado, não ganharia presente esse ano).

Liguei para o lugar e marquei um horário: quinta-feira, 31 de janeiro, 15:00. A sorte estava lançada. Logo após marcar, recebi uma ligação da Vivenda Águas Cristalinas (é esse o lugar) para responder um pequeno questionário que seria usado para preparar meu banho. A moça me perguntou idade, peso, altura, cor do cabelo, tipo de pele, estado emocional, etc. Então, no dia marcado, lá fui eu para meu banho de furô. Ao chegar fui recebida por uma moça bem simpática que me mostrou o meu “quarto”(não é um quarto de verdade pois tem uma banheira mas também não posso chamar de banheiro então fica sendo quarto mesmo). Eu fiquei nesse aqui:

Em japonês, Furô significa banheira. O banho de imersão é uma prática milenar japonesa e está longe de representar o simples ato de lavar o corpo com água, pois trata-se de um verdadeiro ritual de purificação. O Banho de Furô é utilizado terapeuticamente e combate o stress físico, mental e emocional.

A banheira estava bem cheia e a água bem quentinha e lá fiquei eu por meia hora, pensando na vida, no que eu estava fazendo ali e que, no final das contas, até que não era tão ruim.

Depois de meia hora uma moça bateu na porta e pediu que eu me preparasse para a sessão de shiatsu. Saí da banheira, me enxuguei e coloquei o roupão (imenso). Entrou então uma japonesa de nome Teresa (ela é massoterapeuta) e começou o shiatsu, primeiro de bruços e depois de barriga para cima . É muito bom pois a massagem relaxa todo o corpo. Quase dormi. Tinham alguns pontos do meu corpo onde ela fazia uma pressão a mais e até uns dois dias depois esses pontos estavam doloridos. Foi exatamente uma hora de shiatsu. No final até que eu gostei do meu presente e para quem gosta dessas técnicas alternativas, eu recomendo.



O Shiatsu (shi = dedo, atsu = pressão) consiste em uma técnica de massagem milenar oriental para manter o equilíbrio entre o corpo e a mente. O Shiatsu é uma das ramificações da MTC (Medicina Tradicional Chinesa) e trabalha com a pressão dos dedos (parecido com uma massagem) em cima dos canais de energia do corpo (meridianos), equilibrando assim sua energia vital. Segundo os orientais, existe no organismo uma energia vital dividida entre forças opostas complementares (Yin, Yang). Essa massagem, procura equilibrá-las, trazendo uma sensação de bem estar ao corpo. A técnica consiste numa compressão suave em vários pontos dos meridianos (caminhos de energia que percorrem o corpo ). Os toques estimulam ou sedam a energia acumulada, melhorando o funcionamento dos órgãos de acordo com a necessidade da pessoa. O Shiatsu é extremamente recomendado para problemas de coluna, estresse, insônia, problemas de deficiência funcional de órgãos, como problemas de rim, problemas com evacuação e até mesmo uma simples queimação de estômago, problemas psicossomáticos como depressão, baixa auto-estima, e uma infinidade de outros males. O Shiatsu é uma terapia preventiva, mas também pode ser usado como terapia complementar em certos tratamentos clínicos.
Fotos e dados retirados do site http://www.furoyugyo.com.br/ antigo endereço da Vivenda Águas Cristalinas