Quando eu tinha uns 7 ou 8 anos minha professora um dia disse: Minhas filhas assistem aquele tal de Chaves todos os dias. Não sei como não se cansam pois é tão repetitivo. Adivinha o que está passando na TV neste exato momento? Pois é. Duas décadas depois ele continua no ar. O primeiro episódio do Chaves foi exibido no dia 20 de junho de 1971, no México. Nesta época, o Chaves era um quadro do programa “Chespirito”. Chaves estreou no Brasil no programa do Bozo, (exibido no SBT) em 1984 com apenas 13 episódios comprados. Devido ao sucesso, compraram mais lotes de programas em 1986, 1988 e 1991. Conta a lenda que Silvio Santos, ao comprar alguns programas da rede de TV mexicana também teve que incluir no pacote o programa do Chaves. Silvio a contragosto tentou encaixá-lo na grade de programação em um horário menos evidente mas logo o seriado foi descoberto e virou mania entre os telespectadores e já chegou até a ser exibido no horário nobre. Também há relatos de que a Globo tentou comprar o programa. É claro que não era para exibí-lo e sim diminuir a concorrência. Ainda bem que não conseguiu. Apesar de levar o nome da atração, o personagem Chaves não está entre meus preferidos. Primeiro vem o Seu Madruga – considerado por alguns o primeiro grande punk – e depois vêm o Kiko e a Chiquinha. Os episódios que eu mais gosto são aqueles ambientados em Acapulco quando a vila toda tira férias e vai para um hotel. Infelizmente esses não passam tanto quanto alguns outros. Mas como eu até hoje continuo assistindo os mesmos episódios com as mesmas histórias e as tão conhecidas falas Ninguém tem paciência comigo ou Cale-se, cale-se, cale-se, você me deixa louco ? Simplesmente não sei a resposta. Talvez os personagens bem marcados e estereotipados ou piadas prontas de riso fácil que sempre funcionam. Não discutirei aqui se é ou não um bom programa. Se acrescenta algo àqueles que assistem também não importa. O fato é que Chaves possui uma legião de fãs (alguns até bem fiéis) e comigo funciona e cumpre seu papel que é o de me fazer rir. Funciona bem mais que certos programas de certas loiras que deveriam estar aposentadas mas não abrem mão de aparecer na telinha.
5 comentários:
Eu assisto Chaves até hoje e ainda acho engraçado os mesmos episódios que já vi várias vezes. Meu sobrinho de 5 anos também adora. Não sei o que esse programa tem, mas deve ser algo bem forte para permanecer por várias gerações.
Também assisto o Chaves até hoje... E acho que agora eu gosto bem mais do que gostava antes. Assim como a Katia, meus episódios preferidos são aqueles que se passam em Acapulco e meu personagem preferido é o Seu Madruga! Ás vezes acho que sou meio retardada, por rir das mesmas piadas há 20 anos... Ainda bem que não sou a única!
Assisti muito ao Chaves durante minha infância. Lembro que chegava da aula, fazia um prato de comida e almoçava na companhia dele e da turma toda.
Voltando ao presente, eis que hoje me surpreendo com um Senador da República Federativa do Brasil (não me recordo o nome, apenas que se declarou um "governista radical" porque o Lula fez muita coisa pelo Estado dele, Pernambuco, talvez porque também seja o estado natal do presidente) citando Chaves, ipsis literis, "foi sem querer querendo" ao se dirigir ao assessor da Casa Civil que vazou o tal dossiê ou, como desejam chamá-lo os governistas, um "banco de dados seletivo" (haja eufemismos!), que alegou que o e-mail foi enviado do computador dele, com o login e senha dele, mas que ele não havia tomado conhecimento de tal envio.
Para não sair do assunto, o mesmo Senador brincou com este assessor, dizendo que "talvez o seu dedo estivesse num dia de mau humor".
Enfim, Chaves já faz parte até dos anais do Congresso Nacional e continua mais atual do que nunca.
Antes que eu me esqueça, ao pesquisar o famoso bordão no Google, me deparei com uma notícia do caderno Folha Ilustrada, de 10/10/2005, com o título Livro sobre Chaves entra na lista dos mais vendidos.
Afff!
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