08 setembro 2008

Agora não falta mais nada

Eu vou trabalhar de ônibus, vou e volto da faculdade de ônibus também. Claro que às vezes suspiro e penso: ah... se eu tivesse um carro agora... Mas Curitiba está tão cheia de obras e sofreu um boom na venda de carros que muitas vezes é preferivel não ter um. Na verdade eu me acostumei a andar de busão. Com o passar dos anos você vai aprendendo a andar de coletivo e,
como o tempo que passo dentro de um não é tão longo, dá pra ir levando.

Eu ia levando até hoje quando o ônibus em que eu estava parou no terminal e eu vi, incrédula, um sujeito entrar no coletivo carregando no colo nada mais nada menos que uma galinha VIVA!

A bichinha estava confortavelmente instalada dentro da jaqueta do sujeito, só com a cabeça para fora, tipo aquelas mães que carregam seus filhos junto aos seus corpos, presos por um pano.  
Papai e bebê entraram tranquilamente, encostaram em um canto e desceram dois pontos depois como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. 

Eu já viajei com criança chorona, com bêbado, com vileiro que acha que todos devem ouvir as músicas que ele ouve,  com aborrecentes chatos pra caramba  e até com louca beijoqueira, mas com galinha foi a primeira vez.

4 comentários:

Felipe disse...

Testemunha ocular do fato: e a galinha ainda ficou me encarando enquanto o "pai" dela passava pelo nosso banco.

Camila disse...

Isso porque você não foi até o norte do Paraná de ônibus. Galinha é a coisa MENOS bizarra que vc vê no coletivo.

E eu já vi gente viajando com cachorro escondido na bolsa aqui em Curitiba.

Unknown disse...

Eu conheço a louca beijoqueira e a doida do cinquenta centavos.

انطونيو فيريرا disse...

Adorei ler este texto. Não me perguntes porquê ...É giro a maneiro como esta escrito.