18 março 2008

Antes de partir


Saindo do cinema:


- Você vai escrever sobre o filme?

- Hmmmm, acho que não.


Realmente não ia mas aí comecei a pensar no filme, no dia de ontem que não foi tão bom a princípio (segunda-feira, serviço que não parava de chegar, fim de semana não muito produtivo, desânimo, preguiça e uma pitadinha de TPM só para dar um gostinho) e resolvi escrever.


Basicamente The Bucket List (Antes de partir) conta a história de dois homens (interpretados por Jack Nicholson e Morgan Freeman) que se conhecem num quarto de hospital e descobrem que ambos estão com câncer em estágio terminal e só têm mais 6 meses de vida. Decidem então fazer uma lista de tudo que ainda desejam realizar antes de partirem e embarcam juntos numa viagem pelo mundo tentando cumprir todas as tarefas. Carter Chambers (Morgan Freeman) diz: quarenta e cinco anos passam muito rápido. Eu digo que um mês passa muito rápido. São tantas coisas para fazer que muitas vezes fico de saco cheio, como ontem, e tenho vontade de não fazer mais nada.
Mas para não ter que esperar até aparecer um médico me dizendo que tenho só mais 6 meses para então eu resolver me mexer, comecei a um tempo atrás a tentar organizar minha vida colocando tudo o que eu preciso e o que quero fazer em listas. Tudo bem que pode não seguir muito a idéia do Carpem Diem mas é uma maneira prática de me organizar e fazer sobrar mais tempo para aquilo que gosto. Minhas listas eu fiz no Remember the Milk. Fiz várias delas tentando organizar tudo por categorias. Alguns itens têm data marcada (nem sempre cumpridas, devo confessar) e outros não. Geralmente os itens com data marcada são tarefas burocráticas. Os outros podem ser classificados como desejos a serem realizados mas só de estarem lá, devidamente listados, ficam um pouquinho mais reais. A falta de espontaneidade da lista é recompensada quando vejo quantas coisas eu já consegui fazer. Dá uma sensação de tarefa cumprida, de que, afinal de contas, estou usando meu tempo com coisas úteis.


Outro tipo de lista bem legal é a 101 coisas em 1001 dias. O título é auto-explicativo. Você deve tentar cumprir suas 101 tarefas dentro daqueles 1001 dias. As tarefas precisam ser específicas, realistas, mensuráveis e exigir algum esforço da sua parte, mesmo que pequeno. Pode ser desde passear 3 vezes por semana com seu cachorro até escrever uma carta para alguém que você não vê a muito tempo (a volta ao mundo pilotando uma patinete também vale). A idéia de especificar suas tarefas é bem interessante pois lembro que em um dos treinamentos motivacionais que fiz onde trabalho o instrutor pedia a cada um dos participantes para exprimir em uma palavra ou duas o que a pessoa queria para a sua vida. Vieram felicidade, amor, saúde, alegria, paz. Muito bem, disse o instrutor, mas você tem idéia de que tipo de paz deseja? Paz para você, para o mundo? Como você vai conseguir isso e como você vai saber que conseguiu? Tem como medir? Pois é. Não adianta querer abraçar o mundo se você não consegue nem manter seu quarto limpo por um mês.


Eu ainda não tenho a minha lista de 101 coisas mas pretendo fazê-la. Mas o mais importante do que simplesmente ficar caçando 101 tarefas para completar minha lista é fazer com que o cumprimento dessas tarefas realmente faça alguma diferença para mim. Já estou cansada de fazer só por fazer.

12 março 2008

Blogs legais

Se um dia alguém me perguntar sobre o que é o meu blog, sobre o que eu escrevo eu não vou saber responder. Eu escrevo sobre coisas que gosto esperando que alguém goste delas também. Como meus fiéis leitores devem ter percebido isso aqui não segue nenhuma linha pré-definida. Simplesmente as idéias surgem na minha cabeça e eu tento expressá-las aqui. Acho que não tenho maturidade blogueira o suficiente para seguir fielmente algum tema e muito menos tempo para para fazer um blog para cada assunto. Aliás tempo é coisa escassa ultimamente. As aulas da faculdade recomeçaram e no trabalho, o que antes era feito por duas pessoas, agora faço sozinha. Gostaria realmente de ter mais tempo para cuidar aqui desse espaço, poder me dedicar mais, mas por hora está difícil.
Apesar de não estar produzindo muito, sempre separo um tempinho pela manhã para ler alguns blogs. Hoje li um post bem legal no Garotas que dizem Ni. É uma homenagem a 3 moças blogueiras que mantêm blogs com assuntos específicos. Dei só uma passadinha em cada um deles (Enzimas Virtuais, Blog do Meu Pai e Para Francisco) mas já deu pra perceber que são bons.
São três histórias diferentes mas todas muito tocantes.
Então, tá esperando o quê? Vai lá ver do que se trata!

07 março 2008

Você não quer dar uma olhadinha?


Você mulher que trabalha fora com certeza já viu aquela sua colega de trabalho vindo até você toda sorridente com um simplório livrinho da Avon na mão perguntando como quem não quer nada se você não quer “alguma coisinha”. E aquela que nunca folheou o tal livrinho e não fez o pedido de um batom ou quem sabe um alongador de cílios que estavam em promoção pois era “a última vez no folheto” que atire o primeiro pote de creme anti-rugas. Parece que conheço a Avon desde sempre pois quando eu era pequena fui com a minha mãe a várias reuniões.


O esquema da reunião era o seguinte: uma vizinha cedia sua casa, preparava uns comes e bebes e convidava todas as outras vizinhas para irem até lá. Na hora combinada aparecia a vendedora da Avon para fazer uma demonstração dos produtos e tentar faturar algumas encomendas. A dona da casa, por ter servido de anfitriã e cedido o espaço, ganhava um brinde. Quanto mais encomendas fossem feitas, maior era este brinde. Particularmente eu gostava mais dos comes e bebes do que de qualquer outra coisa. Por ter lembranças tão remotas relacionadas à esta marca me perguntei: mas afinal de contas, quando foi que as vendedoras Avon começaram a se proliferar sobre a Terra? Eis a resposta:


“Em 1886, nos Estados Unidos, David McConnell resolveu mudar o rumo de seus negócios. Ele vendia livros de porta em porta, em Nova York, e distribuía frascos de perfume como brinde aos seus clientes. Os perfumes faziam mais sucesso que os livros e o visionário McConnell resolveu mudar de ramo. Abriu a Califórnia Perfume Company e convidou Florence Albee para ser a primeira Revendedora Avon. Otimista com o modelo de venda direta, Ms. Albee convidou outras mulheres.


A mudança de nome só aconteceu em 1939, quando a atuação da empresa ampliou, ao atuar em outros estados americanos além da Califórnia. O nome Avon foi inspirado na cidade natal de William Shakespeare, Stratford-On-Avon – uma homenagem ao escritor que McConnell tanto admirava.”


Taí a culpada: Ms. Albee, a primeira vendedora Avon foi logo chamando as vizinhas e amigas para saírem batendo de porta em porta. Isso me lembra aquele filme, Edward Mãos de Tesoura, em que uma incansável vendedora Avon toca a campainha da casa onde vive Edward e solta um “Avon chama!” na esperança de conseguir vender algum produto para aquele personagem tão esquisito.

Concorrendo de certa forma com a Avon, temos também a Natura que começou como uma lojinha na Rua Oscar Freire, em São Paulo em 1969 e a partir de 1972 adotou a venda direta. Como a mulherada não é boba nem nada muitas vendedoras Avon são também consultoras Natura pois nesse ramo de venda direta vale tudo.


Mas uma outra marca, desta vez de utensilios para a cozinha, me fazia apreciar não só a comida como também a demonstração dos produtos em si. A famosa Tupperware também chamada de "tapevare" ou simplesmente "tapoé", também fazia vendas de porta em porta e reuniões super animadas. Uma dessas reuniões aconteceu lá em casa. Era um tal porta condimentos prá cá, pratinho de bolo prá lá e potes espalhados em todo lugar.


A Avon continua na ativa até hoje, firme e forte, sempre lançando algum produto novo. E eu que achava que a Tupperware não existia mais estava enganada pois esta semana não é que um livrinho da marca com as últimas novidades chegou até minhas mãos? Acho que o sucesso dessas empresas deve-se muito às famosas reuniões. Vamos combinar que pote e batom você compra em qualquer lugar mas uma tarde de comilança e risadas junto com suas amigas não são todos que podem oferecer.