31 agosto 2008
Quem disse que as mulheres são complicadas?
Comentário (im)pertinente de Kátia às 21:05 2 comentários
Jurassic Park revisitado
De sexta para sábado eu sonhei, mas como tive que acordar cedo no sábado, não lembrei de nada na hora em que acordei. Somente à tarde as imagens do sonho vieram à minha mente. Não todas , mas uma boa parte delas.
Era noite, eu estava caminhando por uma calçada próxima à faculdade. De repente olhei para trás e vi... ...um dinossauro (hã?), mais precisamente um velociraptor. O pavor tomou conta do meu corpo.
(parênteses para explicar por que eu tinha razão em ficar apavorada. Imagine você voltando para casa depois de um dia de trabalho emendado em quatro cansativas aulas na faculdade. Tudo o que eu quero nesses momentos é chegar o quanto antes em casa. E vamos concordar que ter um dinossauro no meio do caminho poderia me fazer perder o ônibus. Saber um pouquinho as características do meu amigo dino também não era nada animador:
O velociráptor (Velociraptor mongoliensis, que significa "ladrão veloz") foi um dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo. Media 1,5 metros de comprimento e pesava aproximadamente 20 quilogramas.Foi um grande predador que provavelmente caçava em bando. Era leve, rápido, possuía ótima visão e um cérebro bastante desenvolvido, além de um poderoso maxilar. Assim como o seu parente próximo, o dinonico, todo velociráptor possuía uma terrível garra retrátil em forma de foice no segundo dedo da pata, usada provavelmente para furar ou rasgar o ventre ou o pescoço da presa.
Dos males o menor. Pelo menos esse que encontrei não levou o resto da família.)
Voltando ao sonho...
Torci para que ele não me visse mas não teve jeito, ele começou a vir atrás de mim. Do outro lado da rua havia uma loja (não lembro que loja era mas quando você tem um monstro devorador atrás de você isso não tem muita importância) e sem pensar duas vezes corri para lá. Havia mais pessoas dentro da loja, tão apavoradas quanto eu. Fechamos as portas e ficamos rezando para que o bicho fosse embora mas que nada, parece que ele tinha realmente gostado de mim, e olha que eu nem sou tão simpática assim. Contrariando a característica de ser um animal rápido e fazendo jus a todos os monstros, psicopatas e assassinos dos filmes de suspense, o bichinho vinha bem devagarinho (já perceberam que o cara do mal sempre vai bem tranquilo atrás da sua vítima enquanto a pobre se acaba de correr?). Quanto mais o dino avançava mais nós íamos nos encolhendo na parte de trás da loja. Como ninguém queria virar jantar começamos a pensar nas rotas de fuga até que alguém disse que existia uma passagem secreta no quintal (por que não falou antes pô!). Era uma espécie de alçapão que dava para um túnel cavado no chão. O problema é que o tal túnel era muito velho, cheio de terra e parecia que desmoronaria a qualquer momento.
Ó duvida cruel, morrer soterrada ou virar jantar de um bicho que já foi extinto a milhões de anos?
Mas neste exato momento o meu celular tocou e eu nunca gostei tanto de ouvir o som irritante daquele alarme.
Comentário (im)pertinente de Kátia às 20:50 2 comentários
25 agosto 2008
Passeio no shopping
Comentário (im)pertinente de Kátia às 00:07 2 comentários
15 agosto 2008
Why drums?
Why drums?
Estávamos em mais uma aula de Língua Inglesa Oral e essa era a pergunta que Larry King, em seu programa de entrevistas, fazia a Ringo Starr. A resposta era algo do tipo “porque eu sempre gostei de bateria” ou “porque eu gostava do barulho e de fazer barulho”, resumindo: porque sim.
Porque sim também seria a minha resposta caso alguém perguntasse: por que Letras? Claro que uma resposta aparentemente sem nenhuma fundamentação não satisfaz muita gente. Algumas questões possíveis poderiam ser: Você quer escrever um livro? Tem certeza de que você quer ser professora? Confessa, você escolheu este curso porque a concorrência no vestibular era menor né? Mas, isso dá dinheiro?
Aliás a questão do dinheiro é que impulsiona muitas decisões. Se tal carreira está em alta e com possibilidade de oferecer boas remunerações, pipocam por aí cursos e candidatos a futuros profissionais bem sucedidos. Nada contra ganhar dinheiro, é claro, mas nem sempre é possível conciliar um bom salário com a satisfação de trabalhar naquilo que você ama.
Ouvindo conversas aqui e ali sempre me deparo com a seguinte situação: fulano cursou a faculdade por quatro, cinco anos, fez das tripas coração para pagar a mensalidade caríssima, formou-se, pegou o diploma e não consegue emprego na área ou ainda, quando consegue, o valor de seu salário nem chega perto àquele anunciado como piso inicial da carreira no guia de profissões. Isso desanima qualquer mortal, ainda mais aquele que passou toda a graduação somente pensando no dia da formatura. Com certeza eu não quero demorar mais que o necessário para me formar mas ao invés de ficar somente pensando em o que eu vou fazer quando sair da faculdade, tento “curtir” os momentos que passo lá dentro. Claro que não é fácil trabalhar o dia todo e ainda encarar aulas até as dez da noite. Uma prática muito comum entre os membros da minha turma é, naqueles momentos em que o professor fala algo que para nós parece grego (e acreditem, muitas vezes é), nós nos olharmos com aquela cara de “Meu Deus! O que ele tá dizendo?”. São filósofos, escritores, pensadores, teorias e toneladas de livros que você deveria ter lido, ter conhecido.
Aí vem a crise existencial que no meu caso e dos meus mais caros colegas acontece pelo menos uma vez por semana. Você quer desaparecer, fazer uma fogueira para queimar aquela montanha imensa de xerox que guarda em casa e ficar trancado no seu quarto lendo Sabrina e ouvindo Alexandre Pires.
Mas existem recompensas. Ter aula com professores que já hoje e daqui alguns anos serão considerados os melhores (ou alguns dos) em suas áreas de atuação. Não se sentir perdido ao ouvir alguém citar a Poética de Aristóteles (ainda que tenha lido apenas um capítulo). Conhecer coisas que nem em seus sonhos mais delirantes pensou existirem e melhor ainda, perceber que fazem sentido. Sentir-se burro e esperto, culto e ignorante quase ao mesmo tempo e saber que não está só nesta dicotomia.
O que eu tenho agora é satisfação pessoal. Dinheiro (sem ele não sobrevivemos) é uma meta e tentarei direcionar minha carreira para atingi-la. Ainda acho ser possível. Quem sabe não me torno uma super especialista em alguma área da linguística, uma renomada crítica literária ou publico um best seller? Afinal, quando Ringo começou a tocar bateria ele só queria fazer barulho.
Neste fim de semana acontece no campus Botânico da UFPR a Feira de Profissões. Através de palestras os candidatos à uma vaga nas universidades podem ter uma idéia de como é o curso que escolheram além de visitar os estandes para esclarecer dúvidas com os alunos da graduação
Comentário (im)pertinente de Kátia às 19:32 7 comentários
01 agosto 2008
Menos diversão e mais trabalho
Na faculdade as aulas começaram em ritmo total, não dos alunos, é claro, mas sim dos professores. Já passaram cronogramas, datas de apresentação de trabalhos, ensaios e até a data das provas. Este semestre estou com a grade horária quase lotada de disciplinas, uma com o nome mais esquisito que a outra: Interculturalidade Franco-Brasileira, Teoria da Literatura e Teoria da História ou Tópicos Especiais da Tradução em que estudaremos o Tractatus Logico-Philosophicus do filósofo Ludwig Wittgenstein. Nem ousem me perguntar de que diabos trata esse livro e muito menos discutir comigo as teorias do Witt. Se eu sobreviver a essa disciplina, quem sabe no final do semestre? Um fato marcante da volta às aulas foi descobrir que simplesmente não temos mais banheiros na Reitoria pois todos estão em reforma e as privadas agora disputam lugar com os alunos nos corredores. Tá apertado pra fazer pipi? Vai ter que percorrer os onze andares do prédio atrás de um WC. Boa sorte!
Comentário (im)pertinente de Kátia às 21:04 3 comentários