03 julho 2007

War of the Worlds


Como estou de férias da faculdade, ontem à noite resolvi assistir a um filme. Minhas opções : X – Men 3, Super Man ou Guerra dos Mundos. Eu jáhavia assistido aos dois primeiros (filmes de super-heróis para quem tem filho são programas certos. O próximo da lista será O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado) então restou Guerra dos Mundos (War of the Worlds –EUA 2005). Devo confessar que nunca tinha ouvido falar desse filme, ou se ouvi, não lembro.
O filme é dirigido por Steven Spielberg e tem Tom Cruise no papel principal. Ray Ferrier (Tom Cruise) é um homem divorciado que trabalha nas docas. Ele não se sente à vontade no papel de pai, mas precisa cuidar de seus filhos, Robbie (Justin Chatwin) e Rachel (Dakota Fanning), quando eles lhe fazem uma de suas raras visitas. Pouco após eles chegarem Ray presencia um evento que mudará para sempre sua vida: o surgimento de uma gigantesca máquina de guerra, que emerge do chão e incinera tudo o que encontra. Trata-se do primeiro golpe de um devastador ataque alienígena à Terra, que faz com que Ray pegue seus filhos e tente protegê-los, levando-os o mais longe possível das armas extra-terrestres.
Tá bom, eu confesso, fiquei com medo. Mas também, só de imaginar uma máquina daquelas indo atrás de você para te pulverizar com um laser, quem não ficaria? Pensando bem, se fosse para ficar depois perambulando sem rumo, sem comida, sozinha e correndo o risco de ser atacada por um louco qualquer, acho que eu preferiria ser pulverizada. O laser era tão potente que em um segundo não existia mais nada. Uma das piores partes é quando o pai e os dois filhos estão tentando chegar até Boston de carro. Detalhe: o carro em que eles estão é o único que funciona pois os tais alienígenas conseguiram fazer com que tudo parasse. Quando as pessoas que estão tentando fugir a pé, todas já perturbadas com tudo o que está acontecendo, veêm o carro, partem para cima deles e eles são arrancados à força, quer dizer, menos a Rachel, a filha, que parece estar com o traseiro pregado no banco e não pula para fora do carro. Aliás lembrando dela, ô menininha que grita! Tudo bem que a situação não era das melhores mas será que precisava gritar tanto?
Mas o que chamou minha atenção para esta história foi o que eu descobri hoje de manhã consultando o Oráculo. Este filme é uma adaptação do livro A Guerra dos Mundos escrito por Herbert George Wells. Esta história também foi usada por Orson Welles em seu programa de rádio. Às oito horas da noite de dia das bruxas, em 30 de outubro de 1938, Orson Welles começou a transmitir uma dramatização de "A Guerra dos Mundos" de H.G. Wells pela estação de rádio CBS. Por uma hora, ingênuos trechos de música seriam interrompidos por flashes realísticos de radialistas cada vez mais desesperados à medida que iam descobrindo e relatando que explosões em Marte e meteoritos caindo na Terra eram na verdade uma invasão alienígena em pleno curso capaz de vaporizar nossas melhores defesas com 'raios de calor'. Sete mil homens marcharam contra uma única máquina de guerra marciana, pouco mais de uma centena de sobreviventes sobraram na trágica batalha em Grovers Mill, Nova Jérsei. O nosso mundo estava sendo aniquilado, e essa era a travessura de Halloween de Welles.
E o que esta travessura causou? Milhares de pessoas que sintonizaram um pouco depois do início do programa não ficaram sabendo que tudo não passava de dramatização e entraram e desespero acreditando que realmente a terra estava sendo atacada por marcianos. Eram pessoas fugindo para lugar nenhum, lotando as estradas ou então se escondendo em celeiros. Algumas mais corajosas pegavam em armas e saíam à caça dos marcianos. Às nove horas o programa terminava e Welles confortava o público assegurando que o mundo não havia acabado e que tudo havia sido uma brincadeira de Halloween. "... Nós não podíamos ensaboar suas janelas e roubar os portões de seus jardins até o amanhecer ... então fizemos o melhor que podíamos. Aniquilamos o mundo frente a seus ouvidos ...". Quem acreditou na brincadeira ficou indignado e houve pressão para que Welles fosse punido.
Será que hoje também agiríamos da mesma forma? Naquela época o meio de comunicação mais difundido era o rádio e não existia transmissão via satélite nem internet. As pessoas desavisadas ouviam uma parte da história e saíam gritando para os vizinhos que a Terra estava sendo invadida. Eles acreditavam, talvez porque não existisse a Rede Globo (só para citar a principal) e seus BBB’s para nos mostrar que tudo pode ser manipulado e nem o Fotoshop para nos provar que nem tudo que você vê é verdade. Embora hoje pareça ser mais difícil cair numa esparrela dessas, pelo número de informação a que temos acesso, duvido que se você ouvisse o William Bonner anunciando no Jornal Nacional que a terra está sendo invadida você não estocaria o máximo de comida que pudesse e faria barricadas em frente à sua casa.

2 comentários:

Anita disse...

Não gostei do filme, talvez um dia dê uma chance ao livro :)
William Bonner é covardia, com aquela cara de bom moço não dá pra não acreditar no que ele diz :)
Caso o Bush continuasse no poder, acho que ele poderia usar essa para invadir um próximo país. Algo do gênero "os chineses estão escondendo alienígenas químicos (ou químicos alienígenas) em seu pais"...

Unknown disse...

Não gosto de filme de coisas do outro mundo, nem de filme de lutinha.