11 dezembro 2007

A Alma Imoral


Assistido por mais de 50 mil pessoas, A Alma Imoral é uma adaptação de Clarice Niskier para o teatro do livro homônimo do rabino Nilton Bonder. Com humor fino e delicadeza, a atriz e dramaturga – vencedora do Prêmio Shell 2007, melhor atriz – coloca em cena as reflexões do rabino sobre o certo e o errado, a obediência e a desobediência, as fidelidades e as traições através de histórias e parábolas judaicas. A partir de narrativas ancestrais, Clarice leva o espectador a percorrer o caminho defendido pelo rabino, de que é preciso transgredir para evoluir. Segundo o pensamento de Nilton Bonder, “não existe tradição sem traição, duas palavras de escrita e fonética tão semelhantes em nossa língua quanto o são interligadas em seu significado mais profundo". É a partir desta idéia que a Alma Imoral propõe uma nova forma de olhar. Um olhar que pressupõe o entendimento de que toda moeda tem o seu reverso, que os opostos são absolutamente necessários, que a obsessão pela fidelidade e tradições inviabiliza a possibilidade de novos caminhos.



Teatro da Caixa – Rua Conselheiro Laurindo, 280 tel 2118 5111
www.caixacultural.com.br classificação 18 anos

APRESENTAÇÕES:
7, 8, 9, 14, 15 e 16 de dezembro – sexta e sábado 21h – domingo 19h

Fonte : Divulgação Caixa Cultural
Fotos: site da peça

Por indicação de um colega assisti à peça no último sábado. Muitas das coisas que vi e ouvi lá estão ainda na minha cabeça (ou seria na minha alma?) mas passá-las para o papel não é tarefa fácil portanto recomendo que assistam. Mas mais que uma peça a ser assistida, ela é uma peça para ser sentida. Sei que prometi a uma pessoa que escreveria minhas impressões sobre ela mas como disse, não é tarefa fácil. O texto veio de encontro com algumas coisas que eu já tinha em mente e lançou mais algumas dúvidas. O que é certo? O certo é o correto? Será que estou conduzindo minha vida da maneira que ela deve ser conduzida? Ainda não sei as respostas (nem sei ainda todas as perguntas!) mas sei que essa peça mexeu comigo e provavelmente com boa parte daqueles que estavam no teatro, cada um a sua maneira.

Estava ouvindo agora a música feita para A Alma Imoral e ela me levou de volta àquele clima intimista, desafiador mas ao mesmo tempo aconchegante. A vontade de repetir a dose no próximo fim de semana é bem grande.

Gostei bastante do texto, então comprei também o livro.

Não há tradição sem traição. Não há traição sem tradição.

Um comentário:

Felipe disse...

Terá novamente companhia, caso deseje assistir neste final de semana, até porque a peça também mexeu muito comigo. Aguardarei tuas impressões com a calma necessária, afinal levei alguns anos para digerir alguns dos conceitos levantados na peça.

(postei novamente para evitar erros de português, sendo os erros remanescentes fruto da minha incompetência em gramática)