06 setembro 2010

Destino: Buenos Aires - Dia 4 (parte B) : Jardín Japonês, sorvete e Barbie Store

A ideia, ao deixarmos o Jardín Botânico, era achar algum restaurante alí por perto. Pegamos uma das ruas próximas e fomos andando, andando, andando até que, quando nos demos conta, estávamos em pleno Palermo Viejo, o bairro dos moderninhos. Como a agitação por lá acontece à noite, o que encontramos foi um bairro de ruas calmas que estava ainda acordando (era pouco mais de meio-dia, hora que muitos ainda estão tomando o desayuno). Em algumas esquinas do bairro concentram-se restaurantes e bares e ao longo de algumas ruas namoramos vitrines de lojas moderninhas-cult-alternativas que definitivamente não eram para nossos bolsos. Já havíamos caminhado por uma hora quando, em uma esquina próxima à área dos outlets, encontramos um restaurante que parecia oferecer um bom custo-benefício. Infelizmente não gravei o nome do restaurante nem a localização exata. O restaurante era simples, não muito grande. 



Mais do que fome, tivemos que ter paciência, muita paciência. Lá dentro tudo acontecia em um ritmo mais lento. Vimos algumas pessoas (entre elas brasileiros) entrando, sentando, esperando um pouco e desistindo. Como não tínhamos pressa nos divertimos vendo quantas vezes a garçonete que estava atendendo nossa mesa simplesmente esquecia de nós. Daí era só olharmos bem fixamente para ela lembrar do que tínhamos pedido e vir correndo nos atender. Não sei o que ela fazia mas tinha horas que simplesmente sumia do restaurante.

Ainda bem que serviram alguns pãezinhos com patê para enganarmos a fome mas acho que a espera valeu a pena:

Esse prato imenso custou 45 pesos


Esse aí de cima era o prato para uma pessoa. Ainda bem que pedimos somente dois pratos para dividirmos em três. Esse é o famoso bife de chorizo. Na parte superior do prato temos anéis de cebola, batatas fritas, ovos fritos, presunto, ervilhas e pimentões. Definitivamente minha nutricionista não pode ver essa foto. Comendo desse jeito a gente imagina que vai engordar um monte, mas felizmente isso não aconteceu pois lá em BsAs também anda-se muito.

Saímos do restaurante por volta das três e meia à procura de um ônibus que nos levasse de volta à Plaza Itália e foi aí que descobrimos que existe um guia de ônibus que é vendido nas bancas de jornais por nove pesos. Eu diria que é bem prático principalmente para aqueles que ficarão vários dias na cidade e que querem economizar tempo e principalmente dinheiro optando por fazer os deslocamentos de ônibus. Além das linhas de ônibus o guia tem também um mapa com as linhas do metrô (os subtes) e dos trens (lá chamados de trenes).

Vou aproveitar para fazer um comentário sobre o transporte público de lá. Muitos que já foram para BsAS comentam que o melhor mesmo é optar pelos táxis cujos preços são bem mais baixos que os do Brasil. Usamos táxi duas vezes e realmente vale a pena. Mas por que não tentar os outros meios de transporte (fugindo, é claro, da hora do rush)? As tarifas tanto dos colectivos, quanto do subte e dos trenes são absurdamente menores que as daqui, isso porque são subsidiadas pelo governo. Pode-se imaginar que com o baixo valor talvez a qualidade do serviço seja inferior, mas não foi isso que vimos. Para todos os lugares que fomos havia ao menos uma linha do subte passando por perto, e quando não, com certeza haveria alguma linha de colectivo cobrindo aquela região. Mas o que me deixou impressionada foi que não esperamos mais de quatro ou cinco minutos pelo metrô e nunca, não importando o dia ou a hora, mais de dez minutos pelo ônibus. 

Enfim, conseguimos achar um colectivo que nos deixou perto da nossa próxima parada, o Jardín Japonês.

A colônia japonesa da cidade o projetou em 1967 para agradecer o acolhimento recebido. Dez anos depois, ima paisagista o redesenhou inspirando-se nos jardins zen, que antecedem os templos no Japão. Há 350 espécies  de plantas nativas japonesas (bonsais, inclusive), carpários, lagos, pontes e recantos para meditação. (Guia O melhor de Buenos Aires - Editora Abril)

Paga-se para entrar, se não me engano foram 8 pesos por pessoa, mas achei justo. O lugar é muito bem cuidado. Tem de tudo que se pode esperar de um jardim: plantas, lago, ponte de madeira, pequenas quedas d'água, passarinhos, peixes. Tem também um restaurante, uma lojinha de lembranças e uma sala com espaço para esposições que fica dentro de uma espécie de centro cultural, que, creio, seja usado para ministrar os cursos que são oferecidos por lá. Só acho que a parte da meditação fica de fora pois o movimento de pessoas estava grande nesse dia.

















Saindo do Jardín Japonês atravessamos as 12 (!) pistas da Avenida Del Libertador e fomos, apesar do frio, tomar um sorvete na Un Altra Volta.

Avenida Del Libertador
Essa casquinha chama-se "cucurucho" e, mesmo sendo a menor opção, vem MUITO sorvete!
 E para terminar bem o dia que havia começado meio torto fui visitar a Barbie Store, porque afinal de contas eu também sou menina.

E a Barbie Store não vende...Barbies! Mas tem loja de roupas (quase todas cor-de-rosa), salão de beleza  para as meninas (quase tudo é cor-de-rosa), café da Barbie (onde até os doces são cor-de-rosa) e um salão de festas (onde provavelmente  tudo deve ser cor-de-rosa)


Seria esse o Fusca da Barbie?


E o melhor e o pior do dia vai para


Thumbs up  Jardín Botânico e Jardín Japonês

Angry  O colectivo para o Temaiken

Um comentário:

Jorge Ramiro disse...

O jardim japonês é um lugar bonito. Avenida del Libertador, e Palermo, em geral, também. Muito bonito tudo. Eu trabalho em ums restaurantes em jardins com sucursais em Buenos Aires. Assim, sempre viajo.