31 dezembro 2008
Ano Novo
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10 dezembro 2008
Dia triste
Comentário (im)pertinente de Kátia às 13:16 0 comentários
04 dezembro 2008
Meme quatro coisas sobre mim
Meme encaminhado pela Anita por email que a Cami respondeu no blog e eu responderei aqui:
Comentário (im)pertinente de Kátia às 21:17 0 comentários
16 novembro 2008
Não faltava mais nada
Não, não vou falar que agora não falta mais nada. Sabe-se lá o que encontrarei amanhã.
ps.: Ah! Também já vi uma mulher segurando uma faca enorme e correndo atrás de um cara em pleno calçadão.
Imagem: finissimo.com.br
Comentário (im)pertinente de Kátia às 22:35 1 comentários
12 novembro 2008
A um passo
Estou a um passo. O simples movimento de levar um pé a frente do outro e pronto, o passo está dado. Mas é tão difícil. Dar este passo significa entrar no desconhecido, deixar a segurança para trás e lançar-me numa aventura que não sei onde vai chegar. Olho para os lados e vejo as pessoas simplesmente atirando-se para frente. Não consigo descobrir se o que elas têm é menos medo ou mais coragem do que eu. Esta é a última semana de uma moça aqui do trabalho. Quando ela me disse que ia sair, logo pensei “deve ter encontrado um emprego melhor e principalmente estável, afinal, ela não é mais da turma dos vinte e tantos e além disso tem dois filhos para criar”. Mas não, ela não encontrou um “emprego estável” pelo menos para os padrões de hoje. Ela e o marido vão mudar de estado, vão viver na praia às custas de um negócio próprio. Que maravilha eu pensei, e que coragem! Maldita coragem que me falta, sempre me faltou. Sabe pessoas com os dois pés atrás? Eu sou uma delas em muitas situações.
Meus avós paternos nasceram no Ceará, casaram por lá e mesmo antes do primeiro filho nascer desceram o mapa com destino à São Paulo. Só tinham um ao outro. Parece pouco mas foi o suficiente para construir uma casa e dar uma vida decente a três filhos. Meus avós maternos também, tinham a mesma coragem e o dobro de filhos. Após uma geada que destruiu a lavoura de café, deixaram para trás a enxada e subiram o mapa até São Paulo. Minha mãe, com dezoito anos, e com um irmão mais novo a tiracolo foi na frente e sem conhecer ninguém conseguiu emprego e uma casa para a família morar. Meus avós deram-me, através de seus genes, muitas das minhas características (menos os olhos azuis do meu avô paterno, droga!), mas cadê o gene da coragem? Será que houve algum problema na hora da divisão celular e, ao invés de um par de genes da coragem e outro do medo eu fiquei com dois pares de genes do medo?
Às vezes parece tão difícil para um bebê dar seu primeiro passo. Ele tem medo, duvida que vá conseguir, tenta ficar em pé mas cai. Tenta novamente e, meio desequilibrado, dá seu primeiro passo. Depois disso não pára mais, é só uma questão de tempo para que queira conquistar o mundo.
E após todos esses anos aqui estou eu, indecisa, com medo de seguir em frente porque, diferente da minha primeira vez, agora não há ninguém do outro lado da sala me esperando de braços abertos.
Comentário (im)pertinente de Kátia às 23:02 3 comentários
02 novembro 2008
Ensaio Sobre a Cegueira
Quantas vezes já desejamos fazer algo, talvez algum sonho secreto, e paramos assustados ao perceber que alguém nos vigiava? Esses olhos pesam sobre nossos ombros, olhos que podem ser de um pai severo tentando manter o filho longe de encrencas, de uma professora exigente tentando manter sua turma sob controle, olhos de um chefe limitado tentando podar um funcionário talentoso que o ameaça. Olhos divinos que nos seguem por toda parte, mesmo naqueles lugares em que olhares mortais não nos alcançam.
Esse olhar nos sufoca, nos reprime, nos faz pensar duas, três vezes antes de darmos vazão aos nossos desejos e, muitas vezes nos tortura. Todos têm, em maior ou menor grau, limitações. O que para alguns pode ser uma coisa totalmente corriqueira, como falar para uma platéia de cem, duzentas pessoas, para outros pode ser a morte. Mas o que determina essa diferença de atitude? Será que os olhares são mais brandos para uns do que para outros, ou será que a diferença está em quem recebe o olhar?
Se são os olhos do mundo que nos reprimem, então por que, mesmo quando ninguém nos vê ainda assim nos recolhemos, nos escondemos? Muitos falarão que é a divindade, que tudo vê, mas isso também vale para aqueles que não se curvam a nenhum ser divino? Será a consciência então, que está mais próxima de nós que nossos pais e que a própria divindade, que nos bloqueia e nos impede de fazer coisas que não são aceitáveis em uma civilização?
Seja o que for que nos vigia; a civilização, a divindade ou a consciência, impedindo-nos de darmos vazão aos nossos desejos; isso também nos protege. Impede que outras pessoas dêem vazão a desejos que são altamente danosos. Abrindo mão de uma parte de nossa liberdade garantimos um pouco de segurança.
Mas e se um dia você acordasse e descobrisse que ninguém mais te vigia, que ninguém mais pode te ver?
Em Ensaio Sobre a Cegueira os olhares que nos protegem e que nos acusam não existem mais. É hora de escolher em que lado ficar: lutar pela sobrevivência guiados pelo único juiz que a falta de visão não conseguiu eliminar - a consciência; ou liberar os instintos animalescos há tempos encarcerados dentro de nós. Talvez para quem assista seja fácil escolher o óbvio. Partindo da certeza de que somos seres civilizados devemos deixar a consciência nos guiar, mas e quando o instinto de sobrevivência fala mais alto e não existem olhares a nos denunciar?
O filme é uma fonte fecunda de sentimentos contrários. Primeiro a sociedade dita “civilizada” elimina de forma desumana e rápida aqueles considerados uma ameaça. Todos os infectados pela cegueira branca são levados para um sanatório desativado. Desta maneira a vida das pessoas “normais” não é afetada, elimina-se o mal pela raiz.
Dentro do sanatório, sem visão, sem regras, sem olhares que reprimam ou protejam, as pessoas devem escolher; ou se unem em bandos – assim como fazem os animais – para se protegerem de outros bandos ou morrem. A perda da visão significa também a perda da civilidade, do pudor e do respeito. O sonho de um dia poder se livrar dos olhares acusadores agora se transforma em pesadelo. Mas a mesma doença que transforma alguns em animais faz outros mais humanos. Ainda que ninguém determine as leis a serem seguidas e não exista punição para a contravenção os que cultivam o amor pela vida têm aí a sua salvação.
O filme começa num ritmo acelerado, com um homem que perde a visão de um instante para o outro enquanto dirige de casa para o trabalho e que mergulha em uma espécie de névoa leitosa assustadora. Uma a uma, cada pessoa com quem ele encontra - sua esposa, seu médico, até mesmo o aparentemente bom samaritano que lhe oferece carona para casa terá o mesmo destino. À medida que a doença se espalha, o pânico e a paranóia contagiam a cidade. As novas vítimas da "cegueira branca" são cercadas e colocadas em quarentena num hospício caindo aos pedaços, onde qualquer semelhança com a vida cotidiana começa a desaparecer. Dentro do hospital isolado, no entanto, há uma testemunha ocular secreta: uma mulher (JULIANNE MOORE, quatro vezes indicada ao Oscar) que não foi contagiada, mas finge estar cega para ficar ao lado de seu amado marido (MARK RUFFALO). Armada com uma coragem cada vez maior, ela será a líder de uma improvisada família de sete pessoas que sai em uma jornada, atravessando o horror e o amor, a depravação e a incerteza, com o objetivo de fugir do hospital e seguir pela cidade devastada, onde eles buscam uma esperança. A jornada da família lança luz tanto sobre a perigosa fragilidade da sociedade como também no exasperador espírito de humanidade. (...)
fonte: http://www.ensaiosobreacegueirafilme.com.br/main.php
Comentário (im)pertinente de Kátia às 20:46 2 comentários
28 outubro 2008
Proposições e devaneios
Filosofia de botequim, ainda que não concebida em um.
- O que me falta?
- Do que eu sinto falta?
- Não posso mudar o passado, logo não devo me arrepender
- Não tenho que agradar todos
- Mesmo que eu dedique minha vida a agradar os outros, ainda assim não agradarei a todos que quero.
- Não posso ir contra o fato de que nem todo gostarão de mim. O defeito pode ser meu mas também pode não ser.
- Não vou conseguir fazer tudo o que quero.
- Não vou conseguir fazer tudo o que preciso.
- Não tenho que dar conta de todas as tarefas que o mundo me atribui.
- Tenho que conviver com o fato de que existem pessoas que não prestam.
- Não tenho que gostar de todos.
- Não preciso provar nada a ninguém.
- Não posso fazer pelos outros mais do que aquilo que eles desejam receber de mim.
- Estamos ao mesmo tempo juntos e sozinhos.
- Não conseguirei congelar o tempo nos dias em que fui mais feliz. Tenho que buscar outros dias felizes.
- Não preciso abandonar prazeres antigos só porque fiquei mais velha. Posso refiná-los.
- O mundo não gira ao meu redor mas posso criar o meu mundo.
Comentário (im)pertinente de Kátia às 23:08 2 comentários
03 outubro 2008
Fim
Víamo-nos todos os dias; às vezes pela manhã, dentro do ônibus mesmo, outras vezes na hora do almoço e outras tantas em casa, já deitada na cama. Nessa ocasião em particular, eu sempre acabava pegando no sono antes dele terminar suas histórias. Mas ele não se importava com isso e aguardava até o outro dia para finalizar sua explicação e por vezes e pacientemente voltava a alguns fatos que eu havia deixado passar por falta de atenção.
Mas apesar de nos darmos tão bem, eu sabia que o fim estava próximo. Foi hoje pela manhã quando eu estava indo trabalhar que ele me disse adeus. Confesso, senti um aperto no coração. E agora, perguntei-me, quem vai me acompanhar, contar histórias, me fazer rir? Senti-me sozinha e tive até vontade de chorar. Mas não pude prendê-lo. Ele é livre para conhecer outras pessoas assim como eu sou livre para ter novos relacionamentos, mas vou sentir sua falta. Quem sabe no futuro eu não o encontre novamente? Provavelmente meu sentimento por ele estará mais maduro pois não será mais uma novidade. Então poderei apreciá-lo com calma e descobrir novas formas de lê-lo.
A República dos Bugres
Vencedor do Prêmio Guimarães Rosa de 1998, do Governo do Estado de Minas Gerais, o romance de Ruy Tapioca impressiona tanto pela seriedade da pesquisa dos fatos históricos que o embasam, quanto pela riqueza da linguagem e a segurança com que a narrativa está estruturada.
Trata-se de um romance histórico, em tom picaresco, envolvendo um período que abrange da chegada da família real portuguesa, ao Brasil, em 1808, à Proclamação da República, em 1889, na visão das classes subalternas, ou dos enjeitados, representadas por um suposto filho bastardo de Dom João VI, que se torna mestre-escola, e um filho de escravos, que chega a ser capelão do Exército Brasileiro na Guerra do Paraguai.
Dando asas à imaginação na construção e desenvolvimento da sua narrativa, o autor se valeu também de personagens reais, tendo como fonte as Memórias para servir ao reino do Brasil, do padre Luiz Gonçalves dos Santos, vulgo Perereca. E hoje confessa haver tido como influência o Recurso do método, o clássico do cubano Alejo Carpentier. O resultado final é uma alamentada contribuição às comemorações dos 500 anos do Brasil.
Este A república dos bugres surge em um momento oportuno para uma reflexão sobre a História do país e a nossa formação como povo. Além de ser uma realização literária de fôlego.
Sobre o autor
Ruy Tapioca nasceu em Salvador (BA), em 1947, e reside no Rio de Janeiro desde 1958. Exerceu cargos de gerência em empresas estatais de grande porte e foi professor universitário.
Aposentado, dedica-se atualmente à literatura, além de colaborar, como voluntário, em uma ONG de defesa dos direitos humanos. A república dos bugres, seu romance de estréia, foi agraciado com quatro prêmios literários: Guimarães Rosa (Minas de Cultura) de romance, 1998; Octavio de Faria, de romance, da União Brasileira de Escritores, 1998; Biblioteca Nacional, para romances em andamento, 1997 e Prêmio Cidade do Recife, Ficção, 1998 (menção honrosa).
Comentário (im)pertinente de Kátia às 13:22 4 comentários
28 setembro 2008
Semana de Letras
Ah, e pra quem acha que aluno de letras só vive de livros, como encerramento tivemos Poesia é Fado: leitura de obras de poetas portugueses e show musical com o grupo Serestuna.
Comentário (im)pertinente de Kátia às 21:11 4 comentários
16 setembro 2008
Só por uma semana...
Previsão do Tempo para Curitiba/PR
Previsão para 5 dias | ||||||||
Qua, 17/09/08 | Qui, 18/09/08 | Sex, 19/09/08 | Sáb, 20/09/08 | Dom, 21/09/08 | ||||
Tempo | Madrugada nublado | Manhã céu com muitas nuvens | Tarde céu com muitas nuvens | Noite céu com muitas nuvens | céu com muitas nuvens | céu com muitas nuvens | parcialm. nublado com pancadas de chuva e trovoadas à tarde | nublado com pancadas de chuva e trovoadas |
Temperaturas | Máx. 20º Mín. 8º | Máx. 22ºMín. 8º | Máx. 24ºMín. 9º | Máx. 24º Mín. 12º | Máx. 18ºMín. 13º | |||
Vento | sudeste / fraco a moderado | nordeste / fraco a moderado | nordeste / fraco a moderado | noroeste / moderado a forte | sudoeste / moderado | |||
Visibilidade | reduzida pela manhã | boa | reduzida pela manhã | boa | reduzida pela manhã e à noite |
(IM)PREVISÃO DO TEMPO PARA CURITIBA
Comentário (im)pertinente de Kátia às 22:52 2 comentários
14 setembro 2008
Pequeno tesouro
Comentário (im)pertinente de Kátia às 22:45 3 comentários
08 setembro 2008
Agora não falta mais nada
Comentário (im)pertinente de Kátia às 20:54 4 comentários