Está acontecendo esta semana em Curitiba a Curitiba Literária – o festival da literatura. Acontecem shows, peças de teatro, leitura de poemas, debates, entrevistas e feira do livro. Tudo voltado para a literatura. Como esta semana ainda não apareci na faculdade (e olha que hoje já é sexta- feira) aproveitei para participar de algumas coisas. Uma delas foi o Paiol Literário com o escritor Luiz Vilela. A outra aconteceu ontem no Sesc da Esquina: Transitares, mesa-redonda com os escritores e compositores Tony Bellotto, Arnaldo Antunes e Kledir Ramil.
O que é Transitares? Segundo o programa “este encontro propõe o debate da escrita como ponte entre a produção e a composição musical e o diálogo possível entre os dois universos.”
Embora não tenha lido ainda nenhum livro do Tony Bellotto ou do Arnaldo Antunes e nenhuma crônica do Kledir (àqueles que se perguntam quem é esse Kledir, eu respondo : o nome Kleiton e Kledir lhes diz algo?) resolvi comparecer afinal como fã dos Titãs, não é sempre que teria a oportunidade de vê-los de perto (e de graça).
Cada um falou sobre música, literatura, escrita, composição e como artes distintas como música e literatura podem se misturar e apresentar bons resultados. Já que os três convidados são escritores e compositores falou-se muito da possibilidade de poder transitar entre uma arte e outra. Um romance pode ser adaptado para o cinema, um poema pode se transformar em música e a letra de uma canção pode também ser ao mesmo tempo uma poesia.
Apesar de ser recorrente a adaptação de livros para o cinema, um filme dificilmente (para não dizer nunca) conseguirá transmitir tudo aquilo que a obra original transmite ou fará isso de forma diferente. Um filme é feito de imagens, sons, movimento e cores, ele já é entregue assim. Já num livro você é quem cria todos esses itens e pode percebê-los de formas distintas.
Bellotto disse que quando compõe, quando cria uma letra para uma música, pode até estar fazendo isso sozinho mas faz pensando no grupo, na coletividade: qual é a hora para a bateria, em que parte da canção ficaria melhor um solo de guitarra. E o retorno dessa criação é imediata pois em um show é possível ver e sentir a reação do público. Porém a escrita é um exercício solitário, é apenas o autor e suas idéias e o retorno desse trabalho pode ser bem lento.
Arnaldo Antunes sempre trabalhou paralelamente com a música e a literatura. Para ele artes plásticas, música, literatura e cinema são artes distintas mas que podem sim se misturar desde que seja uma mistura bem feita. Uma poesia, por exemplo, pode virar uma canção desde que essa transição entre uma arte e outra seja feita com competência.
Por tudo que ouvi, tanto no Transitares quanto no Paiol Literário, valeu a pena perder algumas aulas. Posso até já ter aprendido algumas dessas coisas durante as aulas mas ver e ouvir esses assuntos “direto da fonte” me deu uma nova visão do que são essas artes, em especial a literatura. Recomendo a todos que quando tiverem oportunidade semelhante, aproveitem.
O que é Transitares? Segundo o programa “este encontro propõe o debate da escrita como ponte entre a produção e a composição musical e o diálogo possível entre os dois universos.”
Embora não tenha lido ainda nenhum livro do Tony Bellotto ou do Arnaldo Antunes e nenhuma crônica do Kledir (àqueles que se perguntam quem é esse Kledir, eu respondo : o nome Kleiton e Kledir lhes diz algo?) resolvi comparecer afinal como fã dos Titãs, não é sempre que teria a oportunidade de vê-los de perto (e de graça).
Cada um falou sobre música, literatura, escrita, composição e como artes distintas como música e literatura podem se misturar e apresentar bons resultados. Já que os três convidados são escritores e compositores falou-se muito da possibilidade de poder transitar entre uma arte e outra. Um romance pode ser adaptado para o cinema, um poema pode se transformar em música e a letra de uma canção pode também ser ao mesmo tempo uma poesia.
Apesar de ser recorrente a adaptação de livros para o cinema, um filme dificilmente (para não dizer nunca) conseguirá transmitir tudo aquilo que a obra original transmite ou fará isso de forma diferente. Um filme é feito de imagens, sons, movimento e cores, ele já é entregue assim. Já num livro você é quem cria todos esses itens e pode percebê-los de formas distintas.
Bellotto disse que quando compõe, quando cria uma letra para uma música, pode até estar fazendo isso sozinho mas faz pensando no grupo, na coletividade: qual é a hora para a bateria, em que parte da canção ficaria melhor um solo de guitarra. E o retorno dessa criação é imediata pois em um show é possível ver e sentir a reação do público. Porém a escrita é um exercício solitário, é apenas o autor e suas idéias e o retorno desse trabalho pode ser bem lento.
Arnaldo Antunes sempre trabalhou paralelamente com a música e a literatura. Para ele artes plásticas, música, literatura e cinema são artes distintas mas que podem sim se misturar desde que seja uma mistura bem feita. Uma poesia, por exemplo, pode virar uma canção desde que essa transição entre uma arte e outra seja feita com competência.
Por tudo que ouvi, tanto no Transitares quanto no Paiol Literário, valeu a pena perder algumas aulas. Posso até já ter aprendido algumas dessas coisas durante as aulas mas ver e ouvir esses assuntos “direto da fonte” me deu uma nova visão do que são essas artes, em especial a literatura. Recomendo a todos que quando tiverem oportunidade semelhante, aproveitem.
Um comentário:
Nossa, tudo muito interessante! Uma pena ter perdido por causa das maravilhosas aulas que temos...
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